Isto são apenas algumas obrservações que podemos tirar após 15 dias do começo da NBA – porém, não quer dizer que as equipas se vão comportar assim nos próximos 6 meses, mas há dados curiosos…
Kawhi Leonard e LeBron James são os melhores jogadores da NBA
Se Giannis Antetokounmpo tivesse um jump-shot eficiente, seria sem dúvida o melhor da Liga. Mas não é, pelo menos ainda não. Pois há um Kawhi modo MVP Finals e um LeBron rejuvecescido.
A carga física de Leonard ainda está a ser cuidadosamente gerida, e ele não está ao nível que nos habituou, pelo menos até que seja mesmo necessário. Mas, ele está a melhorar em todos os aspectos. Leonard foi inacreditavelmente bom nos seus primeiros 8 anos na NBA – nos Spurs, Raptors onde foi campeão e MVP ds Finais em ambas as equipas – e, por incrível que pareça, o jogador de 28 anos está a registar máximos de carreira em todas as principais categorias estatísticas.
O desenvolvimento mais flagrante foi o jogo de Leonard. Passes de destaque que ele não parecia capaz do o fazer na temporada passada – embora tenha mostrado flashes de potencial no final da temporada. Posto isto em números para termos noção do impacto de Leonard nos Clippers – em 183 minutos com Kawhi em campo, os Clippers superaram os adversário em 18.2 pontos por 100 posses – uma classificação líquida que classificaria oito pontos acima que qualquer outra equipa no momento. Em 153 minutos sem Kawhi, os Clippers registaram uma classificação líquida de menos 9.3, o que corresponderia ao 29º classificado dos New York Knicks.
Quanto a James, há uma razão pela qual ele é um candidato a vencer o seu 5º prémio de MVP esta temporada. Um dos dois maiores jogadores de basquetebol que andou pela Liga passou o último ano a ser criticado e questionado sobre o seu estado físico, e que estaria a começar o declínio da sua carreira. Pois bem, esta temporada ele está numa missão de calar todos os seus críticos.
Nesta temporada, James tem um colega de elite, e um plantel de apoios sólido. Está mais saudável nesta temporada que o ano passado, e pela primeira vez em quase 10 anos, descansou bem antes de arrancar a temporada 19-20.
Os resultados de James mostram que ele está aí, e fortíssimo – com três triplos-duplos, e uma média de 26.1 pontos, 11.1 assistências [máximo de carreira e líder da Liga], 8.3 ressaltos e 1.6 roubos de bola por partida, faz toda a Liga olhar para estes Lakers como não acontecia há muito, muito tempo.
Imaginem só, uma Final a 7 jogos entre estes dois monstros…
Lakers deveriam ter ficado com Ingram em vez de Kuzma
Tendo em conta que Kyle Kuzma apenas apareceu em 3 jogos nesta temporada após ter regressado de lesão, parece um pouco injusto ter esta observação.
Mas, em 7 jogos pelos New Orleans Pelicans, Brandon Ingram, de 22 anos, está com uma média de 25.9 pontos por jogo. Talvez ele não tivesse percebido o seu potencial ofensivo em LA, mas é fascinante imaginar como seria o ataque dos Lakers se em vez de Kuzma, tivessem Brandon como nº 3 ao lado de James e Davis.
Combinação Harden-Westbrook não funciona
Individualmente, e apesar das falhas observadas nos seus respetivos jogos, James Harden e Russell Westbrook continuam brilhantes. Mas juntos, eles são um problema, e não o tipo de problema que os adeptos dos Rockets estavam à espera.
Por um lado, a dupla de estrela é um desastre defensivo, que é um fator importante para que Houston possua a terceira pior defesa da Liga. No ataque, ambos estão desatentos, e os resultados não são animadores, veja no gráfico abaixo:
Booker e os Suns estão bem
Os Suns podem não ter feito contratações sonantes na agência livre do verão passado, mas ele deram a Devin Booker exatamente o tipo de talento que ele e os jovens da equipa precisavam. Ricky Rubio é a definição de um base estável. O veterano espanhol faz as jogadas ofensivas no momento certo e faz a vida negra aos seus defensores. Aron Baynes, no entanto, é o tipo de âncora defensiva e um bom comunicador que pode eliminar e evitar erros defensivos dos seus colegas.
Booker está a registar uma média de 26.1 pontos [54-50-90] por jogo, e os Suns estão com bons contribuidores no resto do elenco com Kelly Oubre jr., Dario Saric, Frank Kaminsky, Mikal Bridges, Tyler Johnson, and Jevon Carter – Ocupam o segundo lugar da Conferência Oeste com 5 vitórias e 2 derrotas.
E isto sem Deandre Ayton, que foi suspenso 25 jogos.
Os Sixers são exatamente aquilo que pensamos sobre eles
Isto não é uma equipa que tem aspirações legítimas ao título.
Com Joel Embiid e Ben Simmons a partilhar o campo, o ataque dos Phily ainda é mediocre e com um grande défice no tiros exteriores. Por outro lado, os Philadelphia 76ers são um muro na defesa, onde o rookie Matisse Thybulle lhes oferece outra arma nesse aspecto.
Não há super-equipas a abater no Este esta temporada, o que poderá dar tempo a estes Sixers de melhorar, isto claro, se querem melhor fazer jus às suas palavras de serem candidatos ao título.
Bucks poderiam realmente usar Malcolm Brogdon
O domínio de Antetokounmpo é outra certeza no Este, e os Bucks estão a começar a parecer com o juggernaut de 60 vitórias da temporada regular passada, com apenas uma lacúna: a equipa de apoio não é boa o suficiente para ajugar o Greek Freak a vencer um campeonato.
Khris Middleton continua a ser um jogador de calibre All-Star, mas ele não é um nº2 confiável numa equipa que lute pelo título. Eric Bledsoe parece que ainda não recuperou do colapso dos Playoffs da temporada passada. Brook Lopez ainda é uma ameaça, mas não consegue replicar a produção de triplos que forneceu na temporada passada. Se ao menos os Bucks tivessem mais um quebra-jogo… Digamos, Malcolm Brogdon.
Brogdon, a quem os Bucks assinaram e negociaram com os Pacers no verão – pois não queriam lidar com as implicações dos impostos de luxo que viriam com o pagamento do ex-rookie of the year, está a começar bem em Indiana. O jogador de 26 anos está com uma média de 22.5 pontos, 9.7 assistências, 5.3 ressaltos e 1.3 roubos de bola, isto tudo, com uma percentagem de acerto de 59.8%.
Deixar um jogador como Brogdon sair, é o tipo de jogada que normalmente a franquia se arrepender alguns anos mais tarde.
Existem apenas 5 boas equipas no Este
… E os Nets não são uma delas, apesar dos jogos heróicos de Kyrie Irving.
Os Bucks e os Sixers são a classe da Conferência, mas os Boston Celtics, os Miami Heat e o atual campeão da NBA, Toronto Raptors podem ser adversários dignos.
Kemba Walker parece fantástico em Boston, onde os Celtics parecem estar de novo no bom caminho com Gordon Hayward está a recuperar a sua forma All-Star e, Jayson Tatum está a amadurecer.
Nenhuma equipa – incluíndo os Sixers e Bucks – vai querer defrontar Miami nos Playoffs. Os Heat têm a estrela-tipo Playoffs em Jimmy Butler e um roster de apoio que vai certamente fazer estragos.
Enquanto isso, Toronto parece ter uma estrela do All-NBA em Pascal Siakam, um All-Star rejuvenescido em Kyle Lowry e uma defesa feroz organizada pelo treinador Nick Nurse.
Essas 5 equipas já estão entre as cinco primeiras na classificação da Conferência Este e, salvo lesões graves, elas estarão lá (em alguma ordem) quando chegarem os Playoffs. Depois disso, a queda é acentuada. Irving deve manter os Nets a pairar em torno dos 0.500 durante toda a temporada, mas ele não têm profundidade suficiente para as grande equipas.
O resto do Este é lixo.
Os Magic regrediram, e podem ter-se arrependido de assinar novamente com Terrence Ross e Nikola Vucevic, que ainda não recuperou do abafo de Marc Gasol nos Playoffs da temporada passada. O plantel de Detroit é a definição de blah, especialmente na ausência de Blake Griffin. Os Pacers sem Victor Oladipo perderam duas vezes contra os Pistons sem Griffin, Os Hornets estão 4-3, mas já viram bem o plantel? Facilmente me convenciam de que não venciam 4 jogos esta temporada, especialemente após a saída de Walker para Boston. Washington e Cleveland estão com algum entusiamos esta temporada, mas são terríveis. Os Knicks, são os Knicks… É preciso dizer algo mais?
Atlanta vais aos Playoffs se Trae Young se mantiver saudável
Todo o basquetebol deprimente mencionado acima deixa a porta aberta para um playoff surpreendente, com a esperança de entrar no Este, e se nos primeiros 15 dias da temporada forem alguma indicação, os Hawks são essa equipa.
Young tem sido um dos jogadores mais valiosos da Conferência Este durante as primeiras duas semanas, registando médias de 27.2 pontos e 8.4 assistências em menos de 30 minutos por jogo. Acerta 50% dos seus lançamentos de 3’s. Quando Young está em campo, os Hawks registaram uma classificação líquida de +8.6, o que ficaria em terceiro lugar no geral, e a equipa foi 3-1 nos jogos em que Trae terminou saudável, derrotando os Spurs na passada terça-feira após o seu regresso de lesão.
Perder John Collins 25 jogos por suspensão dói, mas se Young estiver na formaçao do Este e saudável, os Hawks são fortes candidatos a fazer os playoffs.
Fórmula de Jim Boylen não está a funcionar
Muitos especialistas acreditavam que os Bulls poderiam capitalizar uma corrida fraca aos playoffs do Este devido à sua coleção de jovens talentos explosivos, especialmente no lado ofensivo. Em vez disso, Chicago tem sido uma das equipas mais decepcionantes da Liga.
Os Bulls estão com um registo de 2-6, perdeu contra Charlotte, Knicks e Cleveland. O técnico Jim Boylen tem a sua equipa literalmente a trabalhar todos os dias em busca de tornar os Bulls mais completos e sólidos, e não uma equipa que apenas procura fazer afundanços.
Os Nuggets têm um problema de esforço
Os Nuggets estão 5-2, mas algo não parece bater certo.
Nikola Jokic parece fora de forma e de alguma maneira frustado e desinteressado ao mesmo tempo, e essa atitude parece estar a chegar aos seus colegas de equipa.
É apenas a primeira semana de Novembro, mas Mike Malone já descartou o esforço dos seus jogadores em várias ocasiões, e terça-feira à noite foi uma boa indiação de quão pouca confiança o técnico tem na sua equipa no momento. Apesar dos Nuggets ter conseguido uma vantagem de mais de 20 pontos contra a boa equipa dos Heat, Malone manteve Jokic e Jamal Murray em campo no final do quarto período e parecia genuinamente enojado em vário pontos do quarto.
É quase uma reminiscência do início de Boston na última temporada. Naquela época, Brad Stevens costumava avisar a sua equipa, mídia e qualquer outra pessoa que quisesse ouvir que os Celtics não estavam a jogar o basquetebol certo – mesmo nas noites em que tinham o resultado desejado.
Utah não resolveu os seus problemas ofensivos
Ao adquirir Mike Conley e assinar com Bojan Bogdanovic, os Jazz pareciam ter dado os últimos retoques num equipa que poderia competir po um título da NBA. Não é de surpreender que Utah se tenha mantido como a melhor defesa da Liga, mas considerando que Donovan Mitchell explodiu, Bogdan obteve uma média de 20 pontos por jogo e uma percentagem efetiva de 60% e, Rudy Gobert ainda oferece uma grande presença no pintado, é chocante ver o ataque com extremas dificuldades.
Atualmente, os Jazz estão entre as piores 5 equipas em eficiência ofensiva – muito disso poderia ser remediado se Conley [que está a registar a sua pior temporada a nível pontual] fosse para o banco e Joe Ingles para a equipa titular.
A temporada terminou para Golden State
Os Warriors basicamente perderam Kevin Durant, Klay Thompson e Steph Curry no período de 6 jogos, e Draymond Green está agora a sofrer danos nos ligamentos num dedo. Os Golden State Warriors devem ao menos ser aplaudidos por encontrar outra jóia de segundo plano em Eric Paschall, mas é difícil ficar empolgado com qualquer coisa que esta equipa faça durante o resto da temporada.
Trocar D’Angelo Russell, esperar ter um pouco de sorte na lotaria e começar a preparar a próxima temporada.
Morant é jogador para ver
Se não têns assistido os jogos do rookie de Memphis, Ja Morant, faz um favor a ti próprio e vê os jogos deste brilhante jovem. Depois de o veres jogar, perceberás porque.
Shai Gilgeous-Alexander – Most Improved Player
Shai Gilgeous-Alexander tem sido o melhor jogador all-around dos Oklahoma City Thunder nesta temporada. Claro, estamos a falar de uma equipa fraca dos Thunder, mas o elenco possui Chris Paul, Danilo Gallinari e Steven Adams. Um base de 21 anos no seu segundo ano a liderar o caminho, é impressionante.
Gilgeous-Alexander conseguiu o feito raro de aumentar drasticamente a sua taxa de uso sem sacrificar a eficiência, ou o seu esforço defensivo nesse sentido.
Obviamente que Shai ainda tem 75 jogos por disputar esta temporada, mas vale a pena referir que os únicos PG e/ou SG que conseguiram registar pelo menos 22 pontos, 6 ressaltos, 3 assistência e 1 bloco numa só temporada – como Shai fez nos 7 jogos da temporada até agora – foram Michael Jordan e Dwyane Wade.
Fique feliz pelo Isaiah Thomas
Após deixar a NBA louco com a sua tremenda temporada nos Celtics em 2016-17, Isaiah Thomas tem sofrido muito. Primeiro, a tragédia familiar, mas também uma lesão no quadril que o impediu de florescer e também lhe retirou a oportunidade de assinar um contrato massivo.
O candidato a MVP desapareceu para sempre, mas no meio de um início previsivelmente difícil para os Wizards, é bom vê-lo saudável após tantos anos de extremas dificuldades. Após jogar apenas 44 jogos nos últimos 2 anos, Thomas preparou-se para as últimas 4 partidas dos Washington e chegou mesmo inciar o jogo a titular frente aos Pistons na passada segunda-feira.
Terminar a temporada saudável já seria uma vitória por si só, mas todos nós deveriamos de torcer para que ele também jogasse bem – talvez mudar-se para uma equipa que lute pelo título e que conseguisse ganhar mais que o mínimo legal na NBA. Vale o que vale, mas a sua média de 7 assistência por jogo está a ser o seu máximo de carreira.
