Os Houston Rockets foram nos últmos dois anos, a única equipa a fazer frente aos super Warriors!
No entanto, esta temporada é diferente para o conjunto comandado por Mike D’Antoni! Vejamos mais abaixo o porquê de eles poderem ganhar, ou não o campeonato!
Porque é que vão ganhar o campeonato?
Os Rockets estão cheios de enorme talento – têm o melhor jogador ofensivo da Liga, James Harden – O Fear the Beard registou nada mais, nada menos, uma média de temporada de 36.1 pontos por jogo! Houston foi claramente a segunda melhor equipa do Oeste na temporada passada e melhorou sem dúvida neste verão com a troca de Chris Paul por Russell Westbrook – um base mais jovem, propulsivo e mais durável!
Em termos de pontos totais criados por pontuação e assistências, Harden (54.5) e Westbrook (49.4) ficaram em primeiro e segundo lugar no campeonato na temporada passada. Obviamente haverá muita sobreposição este ano, com o par a ajudar nos cestos um do outro, e os números de ambos os jogadores devem baixar um pouco, pois agora dividem as posses de bola. Ainda assim, ver os números no papel é bastante atraente: 103.9 pontos. Criado por 2 jogadores, que agora estão na mesma equipa.
Russell irá injetar uma nova vida no jogo de transição dos Rockets, algo que o técnico Mike D’Antoni – que históricamente preferia o ritmo antes de desacelerar as coisas nas últimas duas temporada para se adequar a Harden e Paul – apreciará. Os Rockets foram uma das equipas em campo aberto mais eficientes da temporada passada na Liga, mas estavam apenas meditando em termos de frequência de quebra rápida. Houston ficou em 27º lugar na velocidade de posse de bola após um ressalto defensivo e o último após uma bola perdida pelo adversário. Russell é um autêntico míssel, que liderou a Liga em posses de transição por jogo em 2018-19 – o que dá aos Rockets algum dinamismo de mudança de ritmo.
Na metade do campo ofensivo, Harden é um jogador de elite. Ele terminou a temporada passada com 40.5% de posse de bola da equipa onde registou uma taxa de conversão de 61.6% com praticamente nenhuma produção dos seus colegas de equipa nesses pontos. Ele lançou 1028 triplos [de longe o que lançou mais na Liga] sendo que 958 deles foram à saída de drible. Apenas 13% dos seus pontos na zona foram com assistências de colegas de equipa. – Um registo histórico de criação do próprio ponto!
D’Antoni vai gerir os minutos destas duas superestrelas e, considerando a durabilidade de ambos, pelo menos um deles vai estar sempre em campo. Na temporada passada, Harden e Westbrook ficaram em 1º e 3º em criação de jogadas e em 4º e 5º nas assistências por jogo. Mesmo que tenha (Westbrook) liderado a Liga em assistências na época passada, os colegas de Russell me OKC não eram propriamente os melhores matadores da NBA – Ele terminou a temporada com uma média de 10.8 assitências por jogo, onde poderia registar um máximo de 20.8 – Facilmente a maior discrepância na Liga. Mas agora a história é outra… Está cercado com alguns dos melhores atiradores da NBA, e essa lacuna deve diminuir.
As peças de apoio serão cruciais para por este Rocket em órbita. Clint Capela fornece gravidade vertical em ambas as extremidades do campo. Eric Gordon arrasta os defensores para longe do aro, enquanto trabalha como criador secundário e PJ Tucker tem a capacidade de acertar triplos do cando e encaixar bem em qualquer posição defensiva, dando aos Rockets a flexibilidade de alternar o seu cinco.
Em resumo, os ingredientes estão todos, é apenas uma questão de encontrar as quantidades adequadas, as melhores combinações e o processo de cozedura certo. Com 82 jogos na cozinha de teste, os Rockets devem ser capazes de aprimorar uma receita para atacar as Finais!
Porque é que não vão ganhar o campeonato?
As dúvidas sobre os Rockets devem começar com o ajuste questionável dos seus dois melhores jogadores. Harden e Westbrook possuem as duas maiores taxas de posse numa única temporada na história da NBA e quatro das nove melhores. Um padrão de rotação na temporada regular é muito bom, mas nos playoffs, eles precisam de jogar muitos mais minutos juntos. As aspirações dos Rockets dependem da eficácia de encaixe deles os dois. O ceticismo é garantido!
Nenhuma das estrelas históricamente tem sido eficáz como jogador sem bola. Ambos tendem a favorecer a observação e a espera em redor do aro, em vez de cortar e ajustar. Harden, ao menos possui um magnetismo quando não tem bola, já Westbrook não – tem tendência a ficar inclinado com as mãos sobre os joelhos. Se esta “postura” dele se mantiver, é bom que aumente a sua taxa de acerto no catch n’ shot, pois registou um pobre taxa de acerto na temporada passada de 31.4%.
O Mr. Triple-Double pode elevar essa marca, até porque as defesas mais inteligentes não o vão defender de fora da linha de 3’s. Pode é subir a taxa de acerto [3’s] para um nível mais respeitável [35%], como consequência de um defensor extra constantemente a atrapalhar pick n’rolls ou desviar unidades de Harden our Gordon – que é uma troca que qualquer adversário estará disposto a fazer. Paul também dominava a bola, mas pelo menos ele ainda chamava um defesa devido ao seu tiro exterior.
O facto de não ter tanta bola não importaria se Westbrook fosse demolidor com bola como costumava ser, mas não é esse o caso. O seu jumper intermédio foi (literalmente) para o lado, a sua taxa de acerto de lances livres na temporada passada foi a mais baixa da sua carreira, e a sua percentagem de acerto nesses lances caiu para uns abismais 50.1%!
A sua taxa de posse não está abaixo dos 30% desde 2009-10, mesmo quanto ele foi rodeado de atiradores de elite. De certa maneira, esse é o produto da necessidade: fazia mais sentido ter Russell a furar e arrastar defesas e passar a ameaça de tiro para Kevin Durant ou Paul George do que ter esses jogadores a fazer o inverso. Neste caso, porque ser diferente se tem possivelmente o melhor atirador da Liga ao seu lado? Mas pensando bem, Harden sendo o atirador vai fazer com que Russell tenha mais bola e maior poder de decisão de jogadas… Isso é preocupante!
Os Thunder venceram 49 jogos no ano passado com a força da sua defesa no quarto lugar, contra a qual Westbrook era o principal auxiliar. O ataque deles, na qual ele obviamente desempenhou um papel central, ficaram em 17º. Ok, o resto do elenco dos OKC estava uns graus abaixo, mas vejamos; se um jogador cobrir 30% da posse de bola da equipa, e dessa percentagem perder a bola por 16% e, acrescentar uma taxa de acerto que é 10% menos eficaz que a média da Liga, então ele pode ser mais parte do problema que da solução.
Mesmo com a reunião de Westbrook-Harden corra bem, o elenco de apoio é motivo de preocupação. Capela, Tucker e Gordon são peças completamente sólidas, mas o resto do plantel não é de confiar, especialmente quando se trata de momentos-chave e as despesas pontuais do jogo. Certamente os Rockets vão elevar o número de triplos, mas falta saber ser será a um ritmo estável que seja suficiente para impõr respeito ao adversário, ou se serão forçado a usar o jogo mais interior.
A ideia de ter Harden ou Westbrook a fazer pick n’rolls parece boa na teoria, mas o que esperar dos Rockets com Austin Rivers, Gerald Green, Gary Clark, Danuel House, Ben McLemore, Isaiah Hartenstein e Thabo Sefolosha para rotação? Depois de ver esta linha de jogadores, entendemos a necessidade de Houston extender o contrato de Gordon por $18 milhões.
Há também a defesa a considerar. Foi uma fraqueza na última temporada, quando certas perdas de pessoal comprometeram a equipa. Trocar Paul por Russell e assinar um Sefolosha de 35 anos não resolve o problema (embora Westbrook deva realmente ajudar a lamentável recuperação defensiva). O grupo de perímetro dos Rockets não apresenta um perfil que ofereça muita resistência contra o ataque.
A Conferência Oeste está mais aberta que nunca, veremos como Mike monta a equipa e em quais estratégias vai trabalhar nesta temporada de maneira a conseguir aproveitar o pico de forma de Harden e Westbrook para conquistar o tão desejado anél!