Pela primeira vez na era Anthony Davis, os Pelicans vencem uma ronda dos Playoffs. E atenção, o que fizeram não foi nada fácil… Varreram literalmente os Portland Trail Blazers por 4-0 e sem o gigante DeMarcus Cousins.
Registo 17-18: 48-43 (qualificaram-se para os Playoffs, tendo sido eliminador nas semi-finais da Conferência Oeste pelos Golden State Warriors por 1-4).
Quem entra na equipa para esta temporada: Jahlil Okafor (agente livre), Julius Randle (agente livre), Elfrid Payton (agente livre).
Quem saíu esta temporada: DeMarcus Cousins, Rajon Rondo.
Cousins, sai de cena em Janeiro deste ano devido a uma grave lesão no tendão de Aquiles (tempo de recuperação entre 6 a 10 meses) forçando os Pelicans a mudar de estilio de jogo. Nicola Mirotic fica com o protagonismo de substituir Cousins, até porque é um valioso atirador. Rajon Rondo entendeu-se confortavelmente com Jrue Holiday na defesa e comandou de maneira inteligente a equipa.
E claro, Davis impôs-se na corrida para Kia MVP e assumindo um lugar a títular no All-Star Game. Dominou em ambas as extremidades do campo com média de 28.1 pontos, 11.1 ressaltos e 2.6 blocos por jogo.
Embora os Pelican tenham sido eliminados pelos detentores do título, Golden State Warriors, a temporada foi bastante boa, tendo em conta o jogador que perdem, a temporada que fazer e a grande 1ª ronda dos Playoffs! Bom trabalho do técnico Alvin Gentry.
Depois de gastarem dinheiro imprudentemente no passado com grandes contratos a jogadores medianos (Omer Asik, Alexis Ajinca, Solomon Hill, E´Twaun Moore) e depois sentar Holiday no banco, os Pelicans precisavam de limpar a casa. Essa foi a tarefa para o Diretor Geral Dell Demps, que encontrou alguns ativos problemáticos em Okafor e Payton.
Demps, teve que tomar uma decisão sobre Cousins, e optou por não colocar o seu trabalho e o da franquia em risco, oferecendo a Cousins um contrato de longo prazo. Isso não foi extamente uma decisão difícil – Cousins é um homem grande que vem de uma lesão que requer um ano a cicatrizar. O que significa que os Pelicans essencialmente pagariam a Cousins para reabilitar durante a temporada e esperar que voltasse em forma para os Playoffs da NBA em 2019-20.

A lesão no tendão de Aquiles é, na maioria dos casos, um finalizador de carreira e basicamente essa foi a razão de os Pelicans não quererem pagar a extensão de Cousins. Esta não é uma franquia que está equipada para ter um plantel de luxo, mesmo se Cousins recuperasse bem. Então, os Pelicans fizeram uma oferta de maneira a ele recusar e então mudou-se para Golden State, onde os Warriors não precisam dele para a temporada regular.
Os Pelicans jogaram bem sem Cousins na temporada passada e nos Playoffs, onde o seu estilo de jogo apanhou por surpresa os Portland Trail Blazers. Talvez a perda de Cousinfs seja mínima na pior das hipóteses. A saída de Rajon Rondo através de agência livre para os Lakers em um contrato de uma temporada era algo que os Pelicans podiam facilmente ter igualado ou superado. A sua decisão de sair foi intrigante, tendo em conta que conseguir ressuscitar a sua carreira em New Orleans tornando-se num dos grandes líderes da equipa, porque mudar?
Saí Rondo, entra Randle. Os Lakers tiveram de renunciar um agente livre para assinar Rondo (e outros), e assim os Pelicans encontraram um atacante de 23 anos de idade. Ele fez média na temporada passada de 16.1 pontos e 8 ressaltos por jogo, tendo ficado mais confiante após o All-Star Game. Há a questão de como Randle irá encaixar com Anthony Davis, tendo em conta que não consegue criar espaços como Cousins, mas isso não deve ser problema.
Encontraram também solução para subsituir Rondo por outro agente cuja a sua antiga equipa recusou igualar, falamos de Payton. O jovem de 24 anos têm alguma dificuldades no seu tiro exterior, mas tem um conjunto de habilidade que lhe permitui um registo de alguns triplos-duplos como se verificou na temporada passada.
Finalmente os Plicans assinaram Okafor pelo preço da chuva. Okafor explodiu em Philadelphia e Brooklyn, duas franquias que estavam carentes de talento na altura. Como pode um ex-número 3 na escolha do Draft geral de 2015 e estrela do campeonato naciona em Duke cair tão rápido em três anos? Os Nets é uma equipa em constante reconstrução, mas daí a deixarem Okafor no mercado livre durante semanas? Os seus hábitos de trabalho e compromisso são assim tão maus? A sua defesa? É assim tão má? Existe alguma questão de atitude? É difícil manter segredo na NBA e se os Nets não o quisessem, muitas equipas também não o quereriam, mesmo com desconto.
New Orleans não tên nada a perder ao conceder-lhe uma oportunidade e eles precisam de preencher a lacuna no seu jogo interior. Talvez até ajude Okafor a aprender os melhores pontos de defesa de Davis. Se não funcionar em New Orleans, a próxima parada de Okafor poderá ser a Europa.
A escolha na primeira ronda dos Pelicans foi para Chicago no contrato de Mirotic, mas as suas três contratações de verão (Okafor, Payton e Randle) são todas de 24 anos ou menos.
No papel, os Pelicans fizeram muito bem este verão de ponto de vista de custo/risco. Mas será que algum dos três substitutos de Cousins e Rondo podem ajudar New Orleans a repetir a o objetivo dos Playoffs como foi conseguído na temporada passada?